Não sou jornalista. Sou, apenas, um cidadão comum exercendo seu direito de livre pensamento e expressão. "A César o que é de César"!
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sábado, 28 de agosto de 2010

Por que invejamos o Japão e a Alemanha?

A loucura de um homem medíocre e os caprichos de um imperador, contrapostos à gula do Capitalismo e ao cinismo Comunista levaram o mundo a viver um tempo de chumbo e sangue.
Habitantes de cidades inteiras foram dizimados para que a soberania se perpetuasse. Invasões, chacinas, estupros, destruição, foram varrendo Europa e Ásia, transformando a paisagem e a arquitetura em escombros e cinzas. Tesouros sucumbiram pela insanidade desses poucos “Marechais de Ferro”. A derrocada do Nazifascismo e a rendição de Hiroíto proporcionaram a infiltração dos dólares e libras nos mercados que ressurgiam.
E, desse ressurgimento, 2 novos países foram se aflorando. À custa de muito empenho e trabalho, são eles, hoje, um exemplo de modernidade, tecnologia, educação, saúde, transporte, segurança e bem-estar social. Estamos citando, apenas, a 1ª economia do mundo e uma das maiores da Europa.
Falamos de Autoban e trem-bala como sonhos de consumo. Tudo é Sony, Honda, Toyota, Porsche, Mercedes, Audi... Que milagre se deu nesses países?
Educação e esforço comum!
Eles eram, suficientemente, educados para compreender a necessidade de arregaçar as mangas e começar do zero, para que, talvez, seus netos pudessem viver numa terra melhor, com mais oportunidades. E trabalharam, não 8, mas 14 a 15 horas/dia; 7 dias/semana; sendo governados por um Estado democrático e incorruptível; sem usar os rótulos e clichês da moda, pois não tinham tempo a perder com baboseiras; só a reconstruir.
Foram 65 anos, até hoje, mas acredito que valeu a pena! É um espelho a se mirar!E nós, tupiniquins na indolência, queremos deitar à sombra do Jequitibá, numa bela praia, e que o coqueiro dê, além do coco e da água, uma vida de rei prá cada um; que o governo tem que nos prover, não importa a que custo.
Enquanto esperamos, alguém vai à luta. Depois, dizemos que esse é burguês. Quando vejo um jovem pronunciar a palavra “burguês”, com o ressentimento dos bolcheviques, sem, ao menos, saber o que isso significa; sem imaginar que é essa mesma burguesia que lhe dá de comer e vestir, que paga suas “baladas” e shows de rock’n’roll, seus I-pods e celulares; e, se não são “paitrocinados”, são burgueses, também, ou bem-nascidos, comprovo que isso é pura falta de Educação e Cultura. Eu, também, fui jovem e vivi os anos 60/70 com muita intensidade. E passamos por 20 anos de ditadura. E não cuspíamos palavras ao vento. Mas isso já é outra coisa!
Voltando ao tema, a propriedade com que o Prof. Fernando Henrique Cardoso usou a expressão “vagabundos” (e foi execrado por isso), me excita a lucidez. Nunca tivemos o senso comum para fazer pelo país o que pretendemos que ele faça por nós. A Nação nada produz, nada conquista, nada resolve. Tudo é produto do nosso esforço, da nossa criatividade, do nosso poder de trabalho. Nada sai do zero, se não sairmos do zero.
Aqui, começamos a trabalhar, preocupados com quanto o patrão lucra em cima de nós, sem entender o custo do nosso posto de trabalho. Não quero isentar a responsabilidade do empresário, porem não posso me furtar da citação. Iniciamos no Serviço Público muito mais preocupados com a estabilidade e a aposentadoria do que com o compromisso de servir ao povo. Queremos que o país se exploda!
Quando atingiremos o nosso sonho de consumo, sem procurarmos valorizar o que temos e potencializar nossa energia na construção de uma nação, verdadeiramente, justa e soberana?
Quando iremos expurgar a corrupção e a marginalidade do Estado brasileiro?
Quando usaremos os “culhões” para outros propósitos, que não só o da procriação?
Afinal, quando começaremos a arregaçar as mangas e a trabalhar?

Eles, Alemanha e Japão, perderam a Guerra. Nós vencemos! Vencemos o quê?

Ruínas de Hiroshima - Japão em 1945

Bombardeio a Dresden - Alemanha

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