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domingo, 7 de fevereiro de 2010

LA NINNA NANNA DE LA GUERRA

Trilussa (1914)

Ninna nanna, nanna ninna,

er pupetto vò la zinna:

dormi, dormi, cocco bello,

sennò chiamo Farfarello

Farfarello e Gujermone

che se mette a pecorone,

Gujermone e Ceccopeppe

che se regge co le zeppe,

co le zeppe d'un impero

mezzo giallo e mezzo nero.

"Ninna nanna, pija sonno

ché se dormi nun vedrai

tante infamie e tanti guai

che succedeno ner monno

fra le spade e li fucili

de li popoli civili

Ninna nanna, tu nun senti

li sospiri e li lamenti

de la gente che se scanna

per un matto che commanna;

che se scanna e che s'ammazza

a vantaggio de la razza

o a vantaggio d'una fede

per un Dio che nun se vede,

ma che serve da riparo

ar Sovrano macellaro.

Chè quer covo d'assassini

che c'insanguina la terra

sa benone che la guerra

è un gran giro de quatrini

che prepara le risorse

pe li ladri de le Borse.

Fa la ninna, cocco bello,

finchè dura sto macello:

fa la ninna, chè domani

rivedremo li sovrani

che se scambieno la stima

boni amichi come prima.

So cuggini e fra parenti

nun se fanno comprimenti:

torneranno più cordiali

li rapporti personali.

E riuniti fra de loro

senza l'ombra d'un rimorso,

ce faranno un ber discorso

su la Pace e sul Lavoro

pe quer popolo cojone

risparmiato dar cannone!"

Assista ao vídeo com Gigi Proietti: [http://www.youtube.com/watch?v=Gh7-KD6RtWQ&feature=player_embedded]
Minha livre tradução (somente do trecho entre aspas):
Nana nenê da guerra
Dorme nenê, adormece
Que, se dormes, não verás
Tanta infâmia e tantos problemas
Que acontecem pelo mundo
Entre espadas e fuzis
Dos povos civis.
Dorme nenê, tu não sentes
Os suspiros e lamentos
Dessa gente que se esgana
Por um louco que comanda
Que se esgana e que se mata,
Em benefício da raça
Ou em benefício de uma fé
Em um Deus que não se vê,
Mas que serve de refúgio
Ao soberano açougueiro.
Que aquele covil de assassinos
Que ensanguenta a terra
Sabe muito bem que a guerra
É uma grande rota de dinheiro
Que prepara os recursos
Aos ladrões das bolsas
Faz naninha, queridinho lindo
Enquanto durar este massacre
Faz naninha, que amanhã
Reveremos os soberanos
Que negociam a estima
Bons amigos, como antes
São seus primos e entre parentes
Não há pressões
Voltarão mais cordiais,
As relações, pessoais!
E reunidos, entre si
Sem a sombra de um remorso
Nos farão um belo discurso
Sobre a Paz e o Trabalho
Por esse povo idiota
Poupado do canhão!

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