Não sou jornalista. Sou, apenas, um cidadão comum exercendo seu direito de livre pensamento e expressão. "A César o que é de César"!
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Saco vazio é o que não pára em pé!

Como era e como é?...
Quando eu era um pirralho, ia com minha mãe à feira livre e via como os feirantes embalavam frutas, verduras e legumes em folhas de jornal velho. Os feirantes de origem asiática “construíam” saquinhos de jornal, dobrados e colados com a “velha e boa Goma Arábica”. Diziam que passavam as noites “fabricando” os saquinhos que iriam usar no dia seguinte. E voltávamos para casa com o carrinho de feira carregado de produtos naturais, ecologicamente corretos, sem nos preocuparmos com esses “termos modisticos-enclichetados”.
Àquele tempo, havia os armazéns de secos-e-molhados, empórios, o mercado municipal e as quitandas próximas, tais como hoje. O pedido era feito (até por telefone) e o entregador nos trazia as compras em casa, sem despesas extras.

Aí, inventaram a palavra mágica:
SU-PER-MER-CA-DO!
Tudo se modernizaria: suas compras, muito mais rápidas; maior variedade de produtos; preços imbatíveis; atendimento incomparável; conforto e comodidade nas entregas, etc., etc., etc. ...



PROMOÇÃO DO DIA: Leve 3 e pague 2!
Frutas e legumes - 50% de desconto!
É SÓ HOJE!!!

De lá para cá, os tempos mudaram. E mudaram muito...

E, como tudo que muda é, sempre, para pior, agora vem essa “balela” de saquinho plástico. Pode?
Quem foi que “inventou” que saquinho plástico daria um excelente saco de lixo?
Ora, se eles entopem bueiros e demoram 100 anos para se decompor, a responsabilidade é de quem os introduziu na cultura popular. Educar, para não precisar punir!
Não! Na hora de inventar, não tiveram o cuidado de planejar como seriam a entrada e saída do produto em nossas vidas, do ponto de vista ecológico. Resolveram um problema de curto prazo e arranjaram um problemão de longo prazo. É nisso que dá ser imediatista!

Outro fator relacionado, que vale a pena refletir: cadê os meninos que empacotavam nossas compras no supermercado?
Segundo a Lei, eles não podem trabalhar até os 16 anos e, até os 18, só podem ser contratados como menores-aprendizes. Ficar esmolando ou usando “crack” pode, né?!
Em vez de punirmos os jovens, estimulando-lhes a indolência (que os especialistas chamam de direito à infância), tirando deles o direito à dignidade do trabalho (que não mata) e do salário, que lhes dá orgulho de serem jovens produtores capazes, ajudando na economia familiar e dando-lhes a satisfação do poder de compra; vamos dar-lhes o direito ao trabalho honrado, de meio período, por exemplo, como empacotadores de compras nos supermercados. O outro meio período eles passam na escola, estudando. Afinal, os supermercados já repassam todos os seus custos, inclusive os sociais, para nossas compras, mesmo...

E nós estamos na campanha do “biodegradável”.
Essa “polêmica do saquinho de supermercado” é mais uma “cibernose” que nos estão impondo. Deve ser para desviar o foco de coisa muito maior. É só esperar, que a bomba chega logo!
Os argumentos deles são os mais enganadores. Nem perco o meu tempo para ouvi-los!
Já estamos sendo induzidos a não ler jornal em papel, para preservação da madeira; daqui a pouco, vamos ser “doutrinados” a pensar, sentir e agir (o que já estamos fazendo há muito tempo e não nos demos conta até hoje) segundo o que “eles” querem.
Cada conquista de uma camada da comunidade é para aumentar a vagabundagem!
Do programa Bolsa Família ao Estatuto da Criança e do Adolescente, todos são equívocos históricos; tudo estimula a indolência.
Minha esposa é do Serviço Público e faz contratações de mão-de-obra desqualificada (programa social). Quando o candidato vai assinar o contrato de trabalho, via de regra, pergunta se vai perder o “Bolsa Família”, caso assine. Quando fica sabendo que perderá a “boquinha”, desiste do emprego. Isso é ou não é um estímulo à vagabundagem?

Vamos criar a indústria do saquinho de jornal lido e goma arábica. São biodegradáveis, de baixíssimo custo e ecologicamente corretos!

E quem foi que disse que não estamos evoluindo?